quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Historinhas pra boi dormir. Parte 002!

Já que estou aqui, "quente" da última postagem, porque não continuar?

"Você suspira pelo dia em que os homens eram homens e escreviam seus próprios drivers de dispositivos?" (Torvalds, acredito que em 1991. Fonte http://www.eduardostefani.eti.br/index.php?acao=verartigo&warLink=./artigos/art0020.php)

Não sou desta época, o que não significa que eu não era homem! :-) Ainda sou novinho perto desta turma maravilhosa, que embora distantes gerações (Stallman a Linus, só para ilustrar), tenham feito deste mundo um lugar melhor para se viver, pelo menos para nós, fuçadores de computadores e amantes da liberdade.

Quando iniciei era tudo muito mais fácil (é como consigo ver hoje). Só havia CLIPPER e MS-DOS, mas isto não significa que eu tenha iniciado meus contatos com computadores lá na década de 1980, foi exatamente em 1994, mas como moro em um pequena cidade do interior do RS, as novidades (US$ 8-|), custavam muito a chegar.

Aliás, antes do CLIPPER, na verdade nosso contato maior (nosso digo dos 4 ou 5 programadores de minha cidade), foi com dBase ou FoxBase, para depois "evoluirmos" para o CLIPPER Summer'87, 5.0 e, finalmente, 5.2.

Que época de ouro, lembro-me que ficava fascinado por saber que conseguia, depois de uns 2 anos de prática, achar que sabia decor todos as funções da biblioteca básica do CLIPPER e pensar que poderia codificar qualquer tipo de processamento em algorítmo. Eu tinha nesta época 17 anos. E é verdade que em muitos momentos prestei uma grande ajuda em alguns algorítmos cabeludos para meu chefe Amaury Hertzog, a quem eu tenha uma grande gratidão por concluir que foi o principal responsável por eu poder trabalhar com tecnologia, e ao amigo Arno que muitas vezes pude olhar seus códigos em poucos minutos e dizer-lhe uma solução para o qual ele estava a horas procurando.

Bom, antes que pensem "iii, agora começou a se achar, se dizendo o Master of Universe do CLIPPER", era porque na verdade, pelo menos em 99% das vezes eram coisas simples, mas que nós, programadores de meia-tigela, que não tínhamos noção nem do ABC de lógica, penávamos pra resolver. Por isto reitero que hoje vejo o quanto éramos ingênuos, pois na verdade estávamos engatinhando quando se tratava de programar computadores, mas nem por isto repito que foi uma época mágica, pois podíamos tudo.

Não posso esquecer de citar meu colega de trabalho, Fabiano, que desde cedo tinha um espírito empreendedor, era da tecnologia, mas acredito que seu maior dom sempre foi fazer negócios, pelo menos ele transparecia isto, ou seja, a finalidade da tecnologia pra ele era alavancar negócios, assim como é hoje para a maioria das pessoas, mas eu, como adolescente e fuçador, achava fascinante trabalhar com a tecnologia, muito mais do que gerar negócios com ela.

Até logo

[]'s

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