segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

À procura de uma plataforma de desenvolvimento livre 001

À época em que eu me dedicava de corpo e alma ao desenvolvimento em CLIPPER, nunca pensara nas questões relativas ao licenciamento de software, pensava sim, sempre, em uma forma de poder cobrar de meus clientes por meus softwares utilizados, mas nem me passava pela cabeça que deveria ter que pagar a alguém por estar utilizando o meu adorado CLIPPER (Ah! nesta época eu ainda não tinha computador, utilizava ainda o computador do escritório em que eu trabalhava). Em 1997, quando cravei minhas garras no meu primeiro computador e já sabia, então que havia uma empresa que monopolizava tudo e que me obrigava a pagá-la pra poder utilizar o meu computador, passei também a procurar alternativas ao CLIPPER para poder começar a desenvolver, como diziam, for Windows.
Em 1996, recebi umas 3 edições de uma revista sobre CLIPPER e eles indicavam que Delphi seria uma boa alternativa aos desenvolvedores CLIPPER em detrimento ao Visual Basic, para desenvolvimento for Windows. Certamente que fui induzido pelos mestres autores daquela revista de que o Borland Delphi era a escolha ideal para mim, ainda mais, para mim, que não era fabricada pela demoníaca Microsoft.
Em 1997, continuava, ainda, a desenvolver muito em CLIPPER, pois mesmo achando que eu estava ficando para trás e que o mundo todo já era GUI, eu gostava mesmo era de CLIPPER e tinha "domínio" nesta plataforma, mas meu ingresso na Ulbra (curso de processamento de dados) e o contato com Delphi 2 instalado no laboratório de informática e também do horripilando Visual Basic, começaram a aguçar minha curiosidade. Um semestre antes de iniciar a disciplina de linguagem de programação I, que abordaria Pascal, eu já estava lendo um livro sobre Pascal para preparam-me para a demanda. Pascal era bem pior que CLIPPER, era muito limitada, mas diziam ser tão rápida quanto C (o que me deixava ansioso para aprendê-la, pois para mim os programadores C sempre foram meus ídolos e heróis).
Conclui a disciplina de linguagem de programação I e passei a futricar em Delphi 2, mas foi em Visual Basic que desenvolvi meus primeiros estudos mais avançados em GUI graças à disciplina de linguagem de programação comercial II (como é o destino!!!). Ah! O interessante é que em linguagem de programação comercial I aprendemos... tchã tchã tchã tcha... CLIPPER! Eu peguei um sisteminha meu e estava com o trabalho final do semestre, que valia toda a nota, prontinho.
Depois destas experiências, de dedicar-me ao Delphi 3 e depois ao Delphi 4, algo incomodava-me muito. Descobrira que para cobrar de meus clientes e para que os programas desenvolvidos por mim fossem legais eu deveria ter uma licença (paga) para o Borland Delphi, ou seja, não poderia usá-lo pirateado e cobrar. Minha vida tinha virado um inferno e passei a andar sem destino no mundo.

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